segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Jesus ou o cachorro?



«Vai para casa, para junto dos teus ; conta-lhes tudo o que o Senhor fez por ti»

Quem somos?
Agora que passamos pela experiência da estrada e refletimos em qual posição da orquestra desejamos estar, vamos mergulhar no seguir a Jesus Cristo nela como parte desta grande orquestra. Quando descobrimos a nossa missão, despertamos em nosso coração o anseio de cumprí-la. Mas antes precisamos descobrir em nosso interior quem somos. Maria quando recebeu o anúncio do anjo, recebeu na anunciação todas as informações da sua vida, de quem ela era e da sua missão. O anjo anunciou: “Ave cheia de graça”. Então, Ela é "A cheia de graça." Também revelou sua identidade: "Mãe do Savador”. Ainda disse como ela cumpriria o seu chamado: “...o Espírito Santo virá sobre ti...". Em nossas vidas também é assim. Precisamos discernir o nosso estado de vida mas antes precisamos ouvir o que Deus tem dito sobre nós em nossa história. A identidade do povo de Israel está escrito na história deles. Assim, a nossa também estará escrita nas páginas da nossa vida.

Como seguir a Jesus?
Ao desejarmos seguir a Jesus, não nos espantemos se Ele não no-lo permitir logo, ou se até nunca no-lo chegar a permitir. […] Com efeito a sua visão alcança muito mais do que a nossa; Ele quer não só o nosso bem, como o de todos. […]
Decididamente, partilhar a vida COM e COMO os apóstolos, é um bem e uma graça, e devemos ter por tarefa contínua aproximarmo-nos desta imitação da sua vida. Mas […] a verdadeira, a única perfeição, não é levar este ou aquele tipo de vida, é fazer a vontade de Deus; é levar o gênero de vida que Deus quiser, no local onde Ele quiser, e levar esse tipo de vida como Ele próprio o teria feito. […]
Quando Ele nos deixar escolher por nós próprios, então sim, procuremos segui-Lo passo a passo o mais exatamente possível, partilhar a sua vida tal como ela era, como fizeram os apóstolos durante a sua vida e mesmo após a sua morte; o amor incita-nos a tal imitação.[…] Quando a Sua vontade nos quiser noutro local, vamos aonde Ele nos quiser, façamos por levar o tipo de vida designado pela Sua vontade, mas, onde quer que estejamos, aproximemo-nos sempre d’Ele com todas as nossas forças e ajamos, em qualquer circunstância ou estado, como Ele próprio nesse local teria estado e agido, pois a vontade de seu Pai ali o pôs, tal como aqui nos põe, a nós.

Para refletir:
A Parábola do cão e da lebre
Uma vez, um cão de caça saiu para a floresta para caçar. Quando estava no meio dela, se deparou com a maior lebre que tinha visto até aquele dia. Então começou a persegui-la. Ao passar pelas brechas da floresta, alguns outros cães de caça viram ele correndo e latindo. Então começaram a correr também, atrás do primeiro cachorro. Mais à frente, outros cães fizeram a mesma coisa. E derrepente mais de cem cães estavam correndo e latindo pela floresta. Em dado momento, um dos últimos cães disse ao outro: “Vem cá... Porque estamos correndo e latindo pela floresta?” E o outro cão disse: “Não sei... só sei que devo latir e correr...” Então o primeiro cão disse: “Bah... Vamos parar... Não tem sentido ficar correndo e latindo à toa...” Então foram parando um a um todos os cães. E no final da corrida eram apenas 9 cães a terminarem a caçada. Quando chegaram ao final e avistaram a lebre, foram até o primeiro cachorro e disseram: “Caramba, que linda lebre! Valeu a pena correr tanto atrás de você! Caçamos juntos esta lebre. Nós fomos tentados a desistir. Muitos desistiram pelo caminho. Chegamos a ser mais de cem cães. Mas nós, que estávamos no meio da barulhada, nos esforçamos e conseguimos chegar mais à frente. Vimos que estávamos correndo atrás de uma lebre. Não conseguíamos vê-la como você a via, mas enxergávamos que era uma lebre. Por isso não desistimos. Nós fomos treinados para sermos caçadores de lebres. Foi pra isso que fomos feitos.” E o primeiro cão disse: ”Obrigado por terem corrido comigo. Em alguns momentos da corrida, me senti sozinho, com medo do tamanho da floresta, muitos perigos, predadores, buracos, cobras... Eu só não parei por que a cada vez que tentava desistir, ouvia um latido atrás de mim e corria mais ainda. Seus latidos me deram força e coragem. Muito obrigado amigos, por me ajudarem! Venham! Venham partilhar do jantar comigo.”

O motivo pelo qual realizamos uma tarefa é o que vai determinar sua conclusão bem feita ou não. Qual é o motivo da sua corrida? Faça uma reflexão em cima desta parábola. Quem é você? Porque está correndo? Vale a pena continuar correndo?

Hugo Santos
Comunidade Católica Colo de Deus

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